A Importância do Exercício Físico para os Idosos (1)
É do conhecimento de todos que os exercícios físicos trazem benefícios quer para as crianças e adolescentes, quer para os adultos, quer para os idosos. Cultivar hábitos de exercício físico entre os idosos contribui para alcançar uma melhor qualidade de vida, para obter benefícios pessoais, tanto físicos, como psicológicos, e participar mais nas actividades recreativas contribui para ajudar os idosos a retardarem a perda de capacidades de viver de forma autónoma.
Por outro lado, os idosos, ao participarem em actividades recreativas, podem melhorar as relações sociais, enriquecer o significado da vida, bem como reduzir as doenças decorrentes do défice de exercício físico e aliviar o sentimento de solidão do público. Se os idosos reforçarem a qualidade das actividades recreativas, isto contribui para melhorar a flexibilidade muscular e a função cardiovascular. Segundo estudos, a prática regular de exercício físico, contribui para um corpo saudável e poupa as despesas de saúde, e para o desenvolvimento económico do Estado. Nesta edição, apresentamos aos nossos leitores a primeira parte do artigo “Importância do Exercício Físico para os Idosos”, que inclui os impactos que o exercício físico exerce sobre os ossos, as articulações, os músculos e a circulação. Na próxima edição, apresentaremos a segunda parte do mesmo artigo, onde abordaremos os impactos que o exercício físico exerce sobre a função respiratória, função digestiva e o sistema nervoso.
Impacto sobre os Ossos e as Articulações
Quando as pessoas chegam a uma idade mais avançada, vai diminuindo o teor mineral ósseo, a densidade mineral óssea e a capacidade de tracção (ou alongamento), pelo que fracturas podem ocorrer com facilidade. A prática de exercícios físicos é o método mais eficaz para a prevenção da osteoporose, porque os exercícios ajudam a tornar os ossos mais robustos, o que permite carregar mais pesos, ajudam a aumentar a flexibilidade e a resistência óssea, o que faz com que se possa combater as fracturas, flexão, compressão, torção, entre outras funções, reduzindo assim a ocorrência de fracturas nos idosos.
Quando as pessoas chegam a uma idade mais avançada, a estabilidade e a flexibilidade das articulações vai sofrendo gradualmente alterações. A rigidez das articulações e a falta de flexibilidade são problemas comuns que surgem na população idosa. A prática regular de exercícios pode melhorar e reforçar a flexibilidade e agilidade das articulações, e também exerce efeito de prevenção de artrites, dos músculos atrofiados junto às articulações, de frouxidão ligamentar, de redução do líquido sinovial nas articulações e de rigidez nas articulações. Existem estudos que demonstram que depois de treinos de alongamento e de dança durante 12 semanas, a flexibilidade das articulações dos ombros consegue melhorar cerca de 10%, enquanto que a flexibilidade do tornozelo consegue melhorar 50% aproximadamente, o que revela a importância da prática de exercícios físicos para manter as articulações saudáveis.
Impacto sobre os Músculos
A força muscular dos seres humanos começa a enfraquecer a partir dos 30 anos e até aos 70 a 80 anos, a força muscular dos homens decresce mais que 50% e a das mulheres também decresce pelo menos, 30%. A redução da força muscular não só traz variações na capacidade de independência da vida dos idosos, como também aumenta a probabilidade de quedas nos idosos, devido à redução da força dos membros inferiores, fazendo com que ocorram fracturas ou outras lesões. Através dos exercícios de força e resistência muscular, os idosos podem atrasar o ritmo da redução da força muscular. Alguns estudos mostram que nos idosos que praticam Tai Chi a redução da força é muito mais lenta do que nos idosos que não praticam exercícios, atrasando essa redução em 10 a 20 anos.
Impactos sobre a Função Circulatória
Quando as pessoas chegam a uma idade mais avançada, a atrofia do miocárdio, as contracções do músculo cardíaco tendem a enfraquecer. Ao estabelecer uma comparação entre um idoso com 65 anos e essa mesma pessoa quando tinha 25 anos, a quantidade de sangue que cada frequência cardíaca exporta tem uma redução de 40%. Além disso, a pressão sanguínea dos idosos também tende a aumentar, depois dos 40 anos, em cada 10 anos a pressão arterial sistólica pode aumentar 10 mmHg, o que pode conduzir ao agravamento de peso no coração do idoso. Esta é a razão pela qual quando os idosos executam um movimento leve, se sentem cansados, sentindo palpitações, um aperto no peito ou até se sentem incapazes
Portanto, a prática de exercícios com frequência contribui muito para aumentar a capacidade da força de contracção cardíaca, a expansão dos vasos sanguíneos, a redução da tensão arterial, melhorando assim a função do sistema cardiovascular e retarda o processo de envelhecimento do sistema cardiovascular. Especialmente a prática de exercícios relacionados com o treino de resistência, aumenta significativamente a capacidade aeróbica dos idosos.