Wong Sok I ultrapassa obstáculos e concentra-se para preparar os Jogos Asiáticos
A atleta de caraté de Macau Wong Sok I tornou-se em atleta a tempo inteiro depois de ganhar a medalha de bronze nos Jogos da Ásia Oriental de 2013 e ganhou outra medalha de bronze nos Jogos Asiáticos da Indonésia em 2018.Durante o caminho dela a vida é feita de altos e baixos, e a paixão pelo caraté foi sempre a sua motivação. De olhos postos nos Jogos Asiáticos de Hangzhou em 2022, Wong Sok I está ansiosa para chegar ao topo.
Wong Sok I entrou em contacto com o caraté quando estava no quarto ano do ensino primário e apenas no terceiro ano do ensino secundário complementar é que foi seleccionada pelo treinador para ingressar na equipa de selecção. Em 2013, ela representou Macau na 6.ª edição dos Jogos da Ásia Oriental em Tianjin. Depois de ganhar, de uma assentada só, a medalha de bronze no grupo de singulares femininos na categoria de 56 kg, ingressou no “Projecto de Apoio Financeiro para Formação de Atletas de Elite”, recebendo financiamento de elite de nível 2 no treino profissional A para se tornar atleta a tempo inteiro.
Início de carreira depois da conquista do bronze nos Jogos da Ásia Oriental
Depois de entrar no caminho de atleta profissional, Wong Sok I focaliza-se no treino. Porém, encontrou dificuldade em atingir patamares progressivamente mais altos inerente a uma carreira. Com o aumento na intensidade dos exercícios, veio a fadiga física, que por sua vez afectou a qualidade dos treinos. Esse ciclo vicioso sempre atormentou Wong Sok I, levando-a a falhar as metas estabelecidas para as competições dos três anos de 2015 a 2018. Foi apenas na 18.ª edição dos Jogos Asiáticos em 2018 que Wong Sok I finalmente disputou uma bela batalha, onde conquistou a medalha de bronze no grupo livre de 56 kg feminino, libertando-se assim do ponto baixo da sua carreira de modo a relançá-la.
Lançando-se de novo aos treinos, Wong Sok I, em boa forma, recordou os inesquecíveis 18.os Jogos Asiáticos: “Antes dos Jogos Asiáticos encontrava-me efectivamente numa maré baixa, com muita incerteza. Antes da competição olhei para os resultados do sorteio e apercebi-me que estava no mesmo grupo dos competidores de Taipei e da Malásia, que se encontravam no grupo dos cinco melhores competidores do mundo. Se eu quisesse ganhar tinha que quebrar as minhas barreiras, por isso decidi dar tudo. Naquela altura eu temia perder antes de chegar a eles, e se isso acontecesse ponderava até retirar-me. Felizmente, fiz da baixa moral e da pressão a minha motivação para seguir em frente, o que me permitiu percorrer todo o caminho até à medalha de bronze”.
Aposta completa aos Jogos Asiáticos de Hangzhou
Para Wong Sok I, o caraté tem uma magia indescritível. No princípio ela achou que este desporto era aborrecido, mas foi-se tornando mais activa, ao ponto de se sentir vazia quando deixava de treinar. No processo de aprendizagem do caraté, aprendeu também a ter paciência e persistência, e aprendeu ainda a aceitar, enfrentar e crescer com o fracasso. Wong Sok I gosta de tudo o que o caraté lhe traz. Além de desafiar os seus limites, o sentimento de ultrapassar cada dificuldade durante um combate faz com que Wong Sok I enfrente prontamente o desafio de se tornar atleta profissional: “O meu desejo é dar a mim própria uma oportunidade, para não ter arrependimentos quando me envelheço!”
Este ano, o objectivo original de Wong Sok I era o Campeonato Asiático e o Campeonato Mundial, mas estes eventos foram cancelados devido à pandemia. Assim sendo, o próximo alvo será chegar à final dos Jogos Asiáticos de Hangzhou em 2022:“Embora seja um objectivo difícil de alcançar, tentarei fazer o meu melhor. Vou enfrentar as dificuldades com unhas e dentes, pois decidi retirar-me após os Jogos Asiáticos de Hangzhou e irei por isso trabalhar mais!”